Vice-prefeito eleito é preso na BA por fraude que gerou prejuízo de R$ 3 mil

29/11/2016 08:56

Informação foi divulgada nesta segunda (28) pela Polícia Federal na BA.

Político estava foragido e com mandado de prisão preventiva decretada.

Adriano Paca (PSD) foi preso pela Polícia Federal (Foto: Reprodução/DivulgaCand)
Adriano Paca (PSD) foi preso pela Polícia Federal (Foto: Reprodução/DivulgaCand)

O vice-prefeito eleito na cidade de Malhada de Pedras, no sudoeste da Bahia, Adriano Paca (PSD), foi preso nesta segunda-feira (28) pela Polícia Federal. Ele foi alvo da Operação Vigilante, deflagrada para desmontar um esquema de desvio de recursos federais do transporte escolar no município. O prejuízo estimado aos cofres públicos é R$ 3 milhões.

Operação Vigilante, da Polícia Federal na Bahia (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Operação da Polícia Federal na BA foi deflagrada
para desmontar esquema de desvio de recursos
federais do transporte escolar.
(Foto: Divulgação/Polícia Federal)

De acordo com informações da assessoria de comunicação da PF, Adriano estava foragido e com prisão preventiva decretada. Segundo o órgão, ele será encaminhado ao presídio da cidade de Vitória da Conquista, também no sudoeste do estado. O G1 não conseguiu contato com a defesa do vice-prefeito.

Ainda nesta segunda, o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Governo, Leonardo Américo Silveira de Oliveira, ex-assessor do ex-ministro Geddel Vieira Lima, se apresentou na Superintendência de Polícia Federal na Bahia, localizada na Avenida Oscar Pontes, no bairro de Água de Meninos. Segundo a assessoria da PF,  Leonardo é investigado na operação. Na sexta-feira (25), quando a operação foi deflagrada, ele seria alvo de condução coercitiva, mas, segundo a PF, não foi localizado porque estava em viagem.

A PF informou apenas que ele foi interrogado sobre os fatos da Operação Vigilante, mas o teor do depoimento não foi informdo. O órgão não disse qual seria o envolvimento de Leonardo no esquema. Após ser ouvido, segundo a PF, ele foi liberado. O G1 não conseguiu contato com ele e nem com a assessoria de comunicação da Secretaria de Governo.

Ação
Operação Vigilante foi deflagrada na última sexta-feira (25) para cumprimento de dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, oito conduções coercitivas, três medidas cautelares e 15 mandados de busca e apreensão.

A ação foi comandada pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal. Os mandados relativos ao suposto esquema em Malhadas de Pedras também foram cumpridos em outros quatro municípios: SalvadorAlagoinhasItagibá e São José do Jacuípe.

Conforme a CGU, investigações apontam que as pessoas alvo da operação estão envolvidas em um esquema de fraudes em licitação, que direcionava a contratação de empresas vinculadas a gestores municipais.

Além disso, o órgão destaca a existência de superfaturamento por meio da adulteração de quilometragem de linhas percorridas e cobrança pela prestação de serviço de transporte, em dias sem atividade escolar.

Em alguns casos, a CGU aponta que a quilometragem cobrada era mais do que o dobro da distância real percorrida. Os envolvidos devem responder pelos crimes de responsabilidade, fraudes em licitação, organização criminosa, além de atos de improbidade.

Operação Vigilante, da Polícia Federal na Bahia (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Operação Vigilante, da Polícia Federal na Bahia (Foto: Divulgação/Polícia Federal)