Rio profundo, correnteza forte, álcool, imprudência e a falta de equipamentos e salva-vidas são ingredientes que juntos podem resultar em muitas mortes na Ilha do Rodeadouro, em Juazeiro.

26/09/2012 09:34

 

Rio profundo, correnteza forte, álcool, imprudência e a falta de equipamentos e salva-vidas são ingredientes que juntos podem resultar em muitas mortes na Ilha do Rodeadouro, em Juazeiro. Domingo (23), um homem por pouco não aumentou a relação de vítimas de afogamento ao tentar chegar a uma pedra no lado baiano, hoje o ponto mais perigoso e quase sempre desguarnecido de placas e guarda-vidas. Semi-desacordado, ele foi socorrido pelos bombeiros às margens do rio São Francisco e cercado por uma grande quantidade de curiosos.

A ilha, que no ultimo domingo recebeu grande público, apesar de ter espaços de banho que vão da “ponta da ilha” ao bar do Batata, numa extensão de aproximadamente 500 metros, conta com a vigilância de 3 ou 4 salva-vidas, insuficiente para cobertura da área que tem diversos locais de risco. É preciso lembrar que, apesar de treinados, é visível a falta de equipamentos de alerta e salvamento no local.

A imprudência dos adultos e o descuido com crianças são fatores que contribuem para o aumento de vítimas. Barraqueiros e barqueiros, preocupados apenas com os lucros do momento, fecham os olhos para o problema, sem avaliar os prejuizos que podem vir com os afogamentos.

Sem equipamentos adequados e a grande extensão para cobrir, os salva-vidas, na maioria das vezes tendem a buscar corpos sem sinais vitais. Por sorte domingo foi diferente. Do lado de Pernambuco, facilitada pela menor extensão, boias sinalizadoras de perigo delimitam a área de banho e os bombeiros contam até com motos náuticas.O que custa sinalizar? Certamente muito pouco diante de vidas que poderão ser salvas a cada fim de semana.