Procurador da República pede suspensão de prova do Enem em todo o país

03/11/2016 08:45
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Foto: Lalo de Almeida/Folhapress/VEJA/VEJA

O procurador da República Oscar Costa Filho ajuizou na tarde desta quarta-feira (2) uma ação civil pública que pede a suspensão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcadas para serem aplicadas neste final de semana (5 e 6 de novembro). De acordo com o site da Época, a ação foi distribuída para a 8ª Vara da Justiça Federal no Ceará. Costa Filho sustenta que não podem ser aplicadas provas de redação com temas diferentes para cada data do exame. O procurador não sugere qual decisão o Ministério da Educação deva tomar para realizar as provas de redação de uma só vez. Em razão de sua urgência,  a ação civil publica deverá ser julgada até sexta-feira (4). 

Nesta terça-feira (1º), o Ministério da Educação anunciou que 191,4 mil inscritos terão as provas adiadas por conta da ocupação por estudantes de 304 locais de prova. “Lamentavelmente, (quem paga essa conta) vai ser o próprio governo federal. Bem que gostaríamos de dizer para as pessoas que estão monitorando esse movimento, dando uma cor política diferenciada, adoraríamos dar esse custo a essas pessoas, que desconfio não serem os alunos”, disse a presidente do Inep, Maria Inês Fini. Na Bahia, 29.810 inscritos no Enem tiveram suas provas adiadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), por causa das ocupações em locais de prova.

Através do site de petições online, estudantes se mobilizam para adiar a aplicação das provas para todos os candidatos. A estimativa dos estudantes é chegar a 20 mil assinaturas. Até às 15h desta quarta-feira quase 14 mil pessoas já registraram a manifestação no portal. “Tendo em vista a atual conjuntura, essa petição visa uma definição de data única a todos, para que não existam estudantes beneficiados ou prejudicados, nem que o princípio de ISONOMIA pregado pela prova seja ferido. Estamos tentando alcançar um grande número de assinaturas para que então seja enviado ao Ministério Público”, justificam os criadores da petição.

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