SECA GERA PREJUÍZO DE R$ 800 MILHÕES À AGRICULTORES.

02/05/2013 10:24

 

 
A pior seca dos últimos 80 anos já matou mais de um milhão de animais por falta de água, de acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb). A estimativa é que apenas o rebanho perdido nos últimos três anos causou um prejuízo aos produtores baianos de R$ 800 milhões, considerando o custo por cabeça de gado de R$ 800.
 
Sem água o rebanho não produz leite, e a economia acaba afetada, chegando a perda de 100% em alguns municípios. A criação de caprinos também está sofrendo e a agricultura está destruída, o que causou uma elevação nos preços dos alimentos básicos. Por conta da seca, a cesta básica de Salvador teve a segunda maior alta acumulada do país nos últimos 12 meses, de acordo com o Dieese. A previsão é que a estiagem continue, pelo menos, até novembro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
 
“Chegamos ao ápice da seca. O produtor de bovinos não tem mais reservas de alimento e não existe mais comércio, porque ninguém quer o gado seco”, diz Humberto Miranda, vice-presidente da Faeb e presidente do Sindicato Rural de Miguel Calmon. Há um consenso de que esta é a pior seca dos últimos 80 anos. O fenômeno já dura dois anos e enfrentará agora a terceira temporada sem chuvas. O presidente da Faeb, João Martins, estima mais cinco meses de completa miséria. “Chegamos ao pior momento dessa longa estiagem. Os produtores estão desesperados”.
 
Os números refletem esse cenário. Segundo dados da Faeb, na Bahia, a produção de milho, feijão e mandioca está zerada. A mamona teve uma queda média de 80%. O sisal apresenta o mesmo índice de perda. A fruticultura não fugiu à regra. O maracujá registra uma queda média em torno de 25%, mas chega aos 60% nos municípios de Livramento de Nossa Senhora, Dom Basílio e Rio de Contas. A criação de caprinos também está a cada dia sendo reduzida. A média de perda é de 25%. Entretanto, alguns produtores já perderam 60% de seu rebanho.
 
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Fonte: Bahia Econômica